Já ouviu falar dos arquétipos?
É possível que você já tenha entrado em contato com esse termo, seja relacionado à psicologia e ao comportamento ou até mesmo ao design e à publicidade. Aqui neste artigo nós vamos explicar o que eles são, além de mostrar quais são os principais tipos de arquétipos.
O que são arquétipos?
O que se chama de arquétipos são modelos de percepção da realidade que temos gravados em nível inconsciente em nossa mente.
Sendo assim, a figura do herói, do sábio e da mãe, como alguns dos 12 principais tipos de arquétipos, transmitem basicamente as mesmas impressões, qualidades e valores a todo indivíduo, e apesar de haver algumas pequenas variações de acordo com cada cultura, as ideias centrais que definem tais modelos são as mesmas.
A seguir, vamos nos aprofundar um pouco mais sobre o tema, com uma breve passagem sobre a criação desse termo na psicologia, posteriormente abordando como os arquétipos são utilizados no design e no marketing.
Os arquétipos na psicologia
O famoso psicólogo suíço e discípulo de Freud, Carl Gustav Jung, introduziu o conceito de arquétipo, pela primeira vez, no ano de 1919, quando buscava uma forma de explicar como o nosso inconsciente afeta a nossa forma de agir e de pensar.
Segundo Jung, o histórico de nossos antepassados molda, de forma inconsciente, a nossa maneira de pensar. Assim, a nossa noção de realidade é transmitida para nós pelo nosso contexto histórico e cultural, ou seja, nenhum indivíduo desenvolve essa noção de forma isolada da sociedade em que está inserido.
Os principais tipos de arquétipos
Vamos ver agora quais são os 12 principais tipos de arquétipos e o que eles representam no inconsciente e no imaginário coletivo.
O HERÓI
Marcado pelo desafio, pela coragem, a determinação e a superação. O herói é aquele que nunca desiste, se esforça e chega ao topo, inspirando os demais.
O INOCENTE
Inspira pureza e simplicidade, estando associado a uma visão otimista e positiva com relação ao mundo, preferindo ver bondade ao invés de maldade nas pessoas.
O SÁBIO
É aquele que valoriza o pensamento, o raciocínio, e compartilha o seu conhecimento e sabedoria adquiridos, ajudando a mudar a vida de quem os cerca.
O EXPLORADOR
Preza pela liberdade, a descoberta, a fuga da rotina, sempre em busca de novidades e aventuras, sem amarras ou regras para viver momentos inesquecíveis.
O AMANTE
Preza pela individualidade, o culto à beleza e ao prazer. Romantismo e erotismo, intimidade e ousadia. Tudo o que é bonito, elegante e valorize a forma física e seus prazeres.
O BOBO DA CORTE
Brincalhão, espontâneo, despreocupado com os problemas e com a vida. Vê humor nos problemas da vida e nunca leva nada a sério, nem a si mesmo.
O PRESTATIVO
Preocupa-se com o bem estar do próximo e da sociedade como um todo, cuidando de todos sem medir esforços.
O GOVERNANTE
Esta é a autêntica figura do líder, daquele em posição de comando, persuasivo, carismático e responsável. Poder, status e ostentação são algumas de suas marcas.
O MAGO
Criatividade e improvisação para realizar coisas impossíveis e incríveis, que não podem ser explicadas, transformam a realidade, são mágicas.
A PESSOA COMUM
Uma pessoa como outra qualquer, confortável com a rotina e com o fato de ser apenas mais um na multidão. Querem pertencer à sociedade ou a um grupo, em lugar de inovar e se destacarem.
O CRIADOR
Sempre com novos projetos, criativos, inventivos, ligados à arte e à execução de novas ideias para que sejam reconhecidas pelo mundo.
O FORA DA LEI
Rebelde e inquieto, está sempre disposto a questionar, revolucionar, fugir às regras, mais atento ao que ele mesmo acredita do que os padrões da sociedade.
Os arquétipos no design e no marketing
No design e na publicidade, os arquétipos são utilizados para dar personalidade e valores à imagem de uma marca, empreendimento ou produto.
É dessa forma que algumas marcas alcançam popularidade e reputação que vão muito além daquilo que elas realmente oferecem, pois associaram características e valores a elas que são percebidas pelo público de forma subjetiva.
Os arquétipos são fundamentados em algumas das motivações básicas do ser humano. Assim, é possível identificar quais são os desejos fundamentais do seu público, de uma forma geral, e criar relações entre as marcas e os arquétipos que as representam, atraindo esse público de forma inconsciente e quase irresistível.
As marcas que utilizam arquétipos na publicidade conseguem, dessa forma, associar seus produtos e serviços à características diversas daquelas que realmente possuem, ou mesmo criar produtos com características associadas a esses arquétipos e, consequentemente, a determinado público.